domingo, 27 de julho de 2014

menor diz ser agredido por pms

Menor diz ter sido agredido por PMs quer queriam vingar morte de policial
Vítima registrou queixa por ameaça e abuso de autoridade na Polícia Civil. Após morte de PM, 8 pessoas foram mortas em Carapicuíba, Grande SP.
27/07/2014 10h41 - Atualizado em 27/07/2014 10h50
Por Amanda Previdelli
Do G1 São Paulo
Adolescente mostra braço que diz ter sido machucado por policiais militares (Foto: Amanda Previdelli / G1)Adolescente mostra braço que diz ter sido
machucado por policiais militares
(Foto: Amanda Previdelli / G1)
Um adolescente de 17 anos afirmou ter sido agredido na sexta-feira (25) por seis policiais militares à paisana que queriam vingar a morte de um PM assassinado no último dia 19 em Carapicuíba, na Grande São Paulo.

Após a morte do soldado da PM Adailton da Silva Souza, 11 pessoas foram baleadas, sendo que oito delas morreram e três ficaram feridas, durante quatro ataques na madrugada de sábado (26) na cidade. A Polícia Civil investiga se há relação entre a morte do policial e os assassinatos. A hipótese mais provável é de as mortes tenham ocorrido para vingar o PM. Umpolicial militar já está preso suspeito das execuções.
"Eles [policiais] falavam o tempo todo do PM que foi assassinado, queriam vingança', disse o menor de idade ao G1.
No sábado, o adolescente foi com sua mãe ao 1º Distrito Policial de Carapicuíba, onde registrou boletim de ocorrência por ameaça e abuso de autoridade contra os policiais. Os agressores não foram identificados pelo garoto, que deverá passar por exame de corpo de delito para comprovar que foi espancado.
G1 procurou a Polícia Militar para comentar o assunto, mas a assessoria de imprensa da corporação não havia respondido aos questionamentos da equipe de reportagem até a publicação desta matéria.
Invasão e agressão
De acordo com o que o adolescente disse à Polícia Civil e ao G1, ele acusou os policiais militares de entrarem na casa de sua madrinha, onde ele estava com um amigo, no bairro Cidade Ariston. Segundo o menor, os policiais procuravam informações sobre os traficantes da região que seriam responsáveis pela morte do policial militar, encontrado torturado e morto na área no sábado retrasado.
"Eles perguntavam do PM e queriam saber dos traficantes, quem eu conhecia, do que eu sabia. Mas eu não sabia de nada", disse o menino.
A madrinha do garoto, a vendedora Elen Amorim, 34 anos, criticou a atitude dos policiais. "Eu vim aqui ontem [sexta-feira] à noite, mas fiz o procedimento errado. Eles conversaram comigo e me convenceram a não registrar nada, mas voltei hoje", disse.
"Os policiais entraram na minha casa, apontaram uma arma para a minha filha de nove anos, humilharam meu afilhado, fizeram ele ficar pelado. Ficou todo mundo em estado de choque. E isso tudo sem um mandado, sem nada", afirmou a vendedora.

Segundo ela, o bairro onde mora é o mesmo onde o soldado da PM foi morto. Também é o mesmo bairro onde ocorreu a série de mortes e feridos na madrugada de sábado. "Foi uma covardia, foram seis policiais contra um menino de dezessete anos. Independentemente do lugar onde a gente mora, a gente tem que ser respeitado", disse Elen.

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